Havia uma música nos anos de chumbo que dizia: "Este é um país que vai pra frente, Uô Uô Uô Uô Uô". Juca Chaves, o menestrel maldito da época, teve um show cancelado por que fez uma versão substituindo o "Uô Uô Uô Uô Uô" por ha, ha, ha, ha, ha. A plateia cantava a parte do "ha" e o show foi proibido. Juca estava certo. Este é um país que vai pra frente, rsrsrsrsrs.
Somente nesta semana que passou, um aguardado e necessário novo código florestal, negociado e tido como pronto para votação, foi acusado de ter "pegadinhas" pela ex-ministra Marina Silva, foi derrubado pelo maconheiro e mentiroso Paulo Teixeira, devidamente patrocinado pelo absolutamente inconfiável Cândido PT Vacarezza. Mais ainda, Aldo Rebelo, o comunista mais "cult" da atualidade e pleiteando a alvura e a pureza de Marina Silva, irrita-se em plenário e acusa o marido de Marina de roubo de Mogno. Para finalizar com chave de ouro, os jornais apresentam Antonio Palocci com um patrimônio que cresceu 20 vezes em apenas 4 anos.
Vamos deixar de lado que o ex-presidente Lula (toc, toc, toc) fatura por semana centenas de milhares de reais em palestras, dando a impressão, pelo perfil dos "clientes", de que está finalmente passando a conta e vamos minimizar também o fato de que o atual governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, escancara sua fúria arrecadatória sem ao menos um projeto que mostre aos gaúchos como é que se governa fazendo mais com menos. Vamos também considerar como menos importante o fato de que uma CPI do Banrisul já deveria ter sido pelo menos sugerida, ainda mais numa Assembleia Legislativa tão "protagonista" como a gaúcha, que jamais foi tão coadjuvante como agora.
As esquerdas acabam se manifestando, pelos exemplos aqui oferecidos, sempre de duas maneiras: ou através de golpes abaixo da linha da cintura, ou através do mais críptico silêncio. Marina Silva desferiu via Twitter um golpe baixíssimo no projeto do Deputado Aldo Rebelo. Este, por sua vez, acusou aos berros o marido da pretensa vestal de ser ladrão de madeira. Já no RS, a operação Mercari é considerada apenas caso de polícia (federal), o que é no mínimo estranho, pois o banco público é uma instituição estadual que merece de todos nós o maior respeito e a máxima transparência. A grande mídia, fazendo a sua parte "esquerdista", omite-se como se um relâmpago tivesse abatido suas torres de transmissão.
Se você ler este texto novamente, vai se dar conta de que, em apenas uma semana, a esquerda brasileira (com a gaúcha agora devidamente alinhada), não se contém em seu comportamento dogmaticamente promíscuo. Ou está envolvido em roubalheiras ou tramoias, ou silencia, pagando muito caro pela mudez do que antes, equivocadamente, chamávamos de quarto poder. E note bem: todos os "protagonistas", termo da hora, deste texto são de esquerda.
Enquanto isto, depois de bilhões e bilhões, Silvio Santos ainda pergunta "quanto vale o show?"...
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