quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Battisti é Cosa Nostra


Se Battisti fica ou não, para o Brasil não muda nada. Os italianos ainda não entenderam que estão fazendo um risoto desnecessário, insistindo numa bobagem e reiterando um enorme erro de avaliação. Battisti é um assassino que porventura foi ativista político. Aqui, amigos do peito, como Tarso Genro e Marco Aurélio Garcia, o consideram refugiado e não um perigoso foragido.
E daí, pergunto eu e diversos italianos com um mínimo de inteligência?
Battisti aqui no Brasil poupa miles de liras para os cofres italianos. Não terão de processá-lo, alimentá-lo ou aguentar suas lamúrias enquanto estiver vivo. Battisti na Itália custará caríssimo para os "fratelli" e dará pano para manga para a imprensa italiana por anos. Se ele ficar no Brasil, livre e leve, será apenas mais um assassino solto, apenas mais um criminoso livre, somente mais um indivíduo altamente perigoso andando pelas ruas do Bexiga. O que querem, então, os italianos?
A Cesare o que é de Cesare. O Brasil é a terra de Battisti e Cesare Battisti será apenas mais um. Afinal, o dono da Gol não andou mandando matar uns que outros, inclusive o próprio genro (olha ele aí de novo...)? A nova presidente não foi membro de grupo terrorista? Não temos ministros que foram sequestradores de embaixador americano? Ora, vamos deixar de prolegômenos e não nos esqueçamos, antes de julgar os outros, de reconhecer as audaciosas biografias de alguns de nossos grandes líderes.
Se Battisti fosse apenas um Ronald Biggs da vida, aquele inglês que surrupiou uns tostões do trem pagador em seu país, o asilo estava garantido (como Biggs recebeu até que decidiu voltar ao Reino Unido e créu! cadeia). Até porque roubar, no Brasil, já não é mais crime e a regulamentação final foi uma espécie de Carta Magna da Impunidade que a turma do PT nos deixou.
Battisti deve ficar na sociedade com que mais ele se pareça. A brasileira é claro. Por aqui, Cesare poderá passear, receber benefícios como Bolsa "famiglia", fará três refeições por dia, terá direito a crédito consignado e outras benesses bem tropicais. Se decidir roubar, tudo bem. A gente perdoa tanta gente, porque não perdoar Battisti?
Agora, Battisti, só não vale matar. Mas se ele o fizer, ainda assim responderá pelo crime em liberdade (réu primário, certo?) ou terá de cumprir, no máximo mais seis anos de prisão, isto depois de 10 ou 15 anos de processo penal.
Italianos, irmãos queridos, não sejam assim tão portugueses. Pensem bem e esqueçam Battisti. Deixem-no em paz no seio de seus semelhantes. A "cosa" agora é nostra, capiti?

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