quinta-feira, 23 de junho de 2011

Copa franca 2014 Brasil

Copa do mundo, até pouco tempo atrás, não era algo que tinha gente contra ou a favor. Ora bolas, quem é que pode ser contra uma Copa do Mundo, especialmente na casa do Pentacampeão? Pois agora há muitas pessoas que já são contra uma Copa do Mundo no Brasil. Eu ainda estou no time dos indecisos.
Como é que chegamos a algo tão insólito como ser a favor ou contra a realização de uma Copa do Mundo? O que nos leva a polarizar um fenômeno tão importante?
A primeira pergunta encontra várias respostas na premissa equivocada, mentirosa até, de que a iniciativa privada se encarregaria da organicidade do certame. Lá atrás, quando a copa foi “conquistada”, diziam que o dispêndio do dinheiro público seria mínimo, voltado para as obras de infraestrutura, tidas como perenes e, portanto, sucedâneas ao evento. E nós acreditamos e vibramos com a Copa 2014 no Brasil. O governo brasileiro terá de investir, certamente, mais de seis bilhões de dólares nas obras de infraestrutura E na construção e reforma de estádios privados. Este dinheiro, que o país não tem sobrando, sairá de algum lugar e certamente sacrificará outros vitais investimentos em saúde, educação, transporte, você escolhe. A iniciativa privada? Onde?
Não obstante a conta salgada, um perigoso novo paradigma para realização de obras sem controle e sem o protetorado da Lei 8.666 se aproxima. As portas serão escancaradas para que empreiteiras e políticos façam farnéis sem precedentes, talvez, na história do mundo civilizado. Se forem aprovadas medidas emergenciais para obras, não nos iludamos: Elas irão substituir a lei das licitações a cada “emergência” que for anunciada.
Temos, até agora, atrasos descomunais, perspectivas horrendas de dispêndio e leis que serão rasgadas. Depois de quase quatro anos, um tijolo sequer foi assentado, mas, quer saber? Nenhuma surpresa. Ou alguém imagina que Orlando Silva e a horda de aparelhados no Governo Federal teria alguma competência sequer para um mínimo planejamento estratégico?
A partir daí, portanto, entra em campo mais uma perspectiva macabra. E se o Brasil perder a Copa? Já pensou investir perto de 10 bilhões de dólares e ter de aguentar a Argentina campeã?
Confesso que jamais torcerei contra o Brasil. Seremos Hexacampeões, se Deus quiser. Se isto acontecer, a felicidade atenuará as mazelas que o gasto insano proporcionará e a euforia do povo saciará sua sede por mais serviços públicos. Se o Brasil ganhar a Copa, todos ganham. Até mesmo Dilma, até mesmo Lula, até mesmo o PT.
Agora, se o Brasil perder...

sábado, 4 de junho de 2011

Precisa-se urgente de um novo país

O coração está corrompido, podre. Primeiro foi o Ministro-Chefe da Casa Civil José Dirceu, comandante do esquema do Mensalão. Depois veio a Ministra-Chefe da Casa Civil Dilma Roussef, que fez dossiê contra FHC e a Dona Ruth, além de ter solicitado um "pega leve" para as broncas do Sarney (o que gerou a queda da Lina Vieira). Depois veio outra Ministra-Chefe da Casa Civil Erenice Guerra, que fez tanta barbaridade envolvendo até mesmo sua família. Agora, o Ministro Chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, aumenta seu patrimônio em mais de 20 vezes em apenas alguns anos como deputado e "consultor".

O coração do poder está podre. Não é Brasília que está podre. É o Palácio do Planalto.

Marcos Valério era "publicitário". O Mensalão foi financiado por Marcos Valério. Agora o sinônimo de dinheiro aos borbotões é "consultoria". Pobres dos publicitários. Pobres dos consultores. Ninguém comenta que Palocci é médico e político. E foi com a política e a corrupção que ele ganhou dinheiro. Não foi como médico nem como consultor. Foi vendendo favores e informações privilegiadas. E isto não é política nem consultoria. Isto é sem-vergonhice, desfaçatez, peculato com concussão, tudo junto debaixo da bandeira nacional.

Na chamada do Fantástico, a pergunta à mulher do ex-BBB Cowboy: "E a senhora não chorou com a morte do seu marido?". Já para o Palocci, as perguntas foram brandas, tranquilas e educadas. Vamos pedir ao repórter que entrevistou a viúva do Cowboy para fazer as perguntas para o Palocci?

Daqui a pouco, quando acabarem as benesses a banqueiros, quando acabar o crédito, o financiamento em 200 meses para compra de carro, quando terminar a farra, a gente vai se dar conta de que vai precisar ter, de novo, um país. Daqui a pouco.