quarta-feira, 28 de julho de 2010

Que legal!


Mandei um comentário para o Blog do Augusto Nunes e recebi um carinho típico de quem é qualificado e talentoso como ele. Ele não apenas me respondeu carinhosamente como me gerou novos leitores, os quais eu chamo aqui, carinhosamente, de amigos. Dois em especial: o Charles A. e o Inaldo Duprat. Meu forte abraço a eles e o meu compromisso de continuar. Por prazer e por incrível que pareça, por obrigação quase patriótica. Vou fazendo minha parte.

sábado, 17 de julho de 2010

Leia. Identifique-se.


Um erro repetido é apenas um erro que não pára de acontecer. Houvesse algum aprendizado, um engano recidivo poderia, quem sabe um dia, deixar de ocorrer. Poderia até mesmo se tornar um acerto futuro, acreditam os poetas, os otimistas e os incautos. Humanos erram, pois é de sua constituição. Insistir no erro é burrice e insistir ainda mais é típico de alguns partidos políticos em tempos de eleição.
Minha tese eclodiu a partir da libertação de alguns presos políticos de Cuba, graças a um bem sucedido esforço espanhol. Lula tem sido criticado porque esteve no reino dos Castro apenas um dia antes da morte de um desses prisioneiros, após mais de dois meses de greve de fome e preferiu criminalizá-los ao invés de reconhecer sua situação, incompreensível nos dias atuais. Pensei, cá comigo, que este tipo de crítica a Lula e ao Itamaraty é coisa típica de ... petistas! Cá estamos fazendo críticas a um presidente que está se lixando para direitos humanos, que visita e faz mesuras a ditadores sanguinários, que está ao lado de quem deseja a bomba atômica para produzir um novo holocausto.
Aqueles que, como eu, não cultuam o lulismo, ficam dando pitacos a respeito do que Lula faz ou deixa de fazer, como se fossem esquerdinhas dos anos 70 ou 80 e acreditam piamente que, se criticarem Dilma por causa de sua dislexia, farão com que ela fracasse eleitoralmente. Estamos nós, do lado oposto, como fazia o pessoal da esquerda de 40 anos atrás, com a certeza de que Serra será presidente por causa de dossiês que foram descortinados, com a garantia de que a revista Veja apresentará na semana que vem uma bomba que fará tremer o planalto, com fé a cristã parcial de que o bem sempre triunfa e que o mal será banido da face da terra.
Achamos que um video de Dilma no Youtube fará com que o PT repense suas estratégias. Pensamos que campanhas no Orkut e estratégias via "grupos sociais" farão a grande diferença nestas eleições. Erros repetidos.
Vamos às verdades.
Lula não está nem aí para Cuba e para os "direitos humanos e liberdades individuais". Lula e Dilma não dão a mínima para o meio ambiente, estão mais afim de nos fazer engolir hidrelétricas, de transpor rios e de se abraçar com Ahmadinejad e Chávez, muito mais do que com a turma de Israel e de Obama. Lula e Dilma estão se lixando para a lei eleitoral. Pior. Estão debochando por sobre o ombro de juízes e ilustres magistrados brasileiros, estes bacanas que deveriam preservar sua fração de poder e o estado democrático e republicano. Nós, os bacaninhas, é que estamos dando atenção para a lei, estamos preocupados com o efeito-estufa, com a aborrecida e restaurada camada de ozônio e estamos preocupadíssimos com os pobrezinhos dos cubanos presos injustamente. Nós somos a direita bacana, versão mais recente do maluco-beleza do petismo primordial. Somos, portanto, os adversários políticos que Lula e Dilma pediram a Deus. Nós é que somos eles...ontem.
Deveríamos nos dar conta de que Cuba é problema de cubanos – e se merecem (assim pensa Lula!), que Dilma foi assaltante de banco, terrorista e ladra de cofre, que o PT irá tentar amordaçar a liberdade de imprensa (já é até oficial e ficamos apenas trocando e-mails a respeito do assunto), que o Partido de José Dirceu já passou da fase de ter medo e agora está prestes a proporcioná-lo com suas idéias ditatoriais e anti-democráticas. Lula, Dilma e o PT não poderiam ser mais politicamente incorretos. Estão deitando e rolando e, desse jeito, vão ganhar a eleição.
Nós somos os novos bichos-grilos, ligados na paz universal (coisa que Lula promove exatamente o contrário). Somos os new-ripongas, alienados cibernéticos politicamente corretos, limpinhos e engomados que cometerão mais um erro.
Dentro em breve estaremos nas ruas gritando "diretas já".

segunda-feira, 5 de julho de 2010

O CONTROLE SOCIAL DE DILMA


Dilma Roussef e o PT, juntamente com o Forum de São Paulo, Chávez, Morales, Kirschners, Ahmadinejads e outros tantos "democratas" desejam implantar um tal de "controle social" da mídia no Brasil. Já tentaram, não conseguiram e tentarão de novo, se nós deixarmos (a Câmara e o Senado topam, se o negócio for bom). Para os petistas, controle social significa o governo controlando setores. A mídia, para este grupo, é um setor que precisa urgentemente de "controle social".
Primeiro, vamos ao nosso amansa-burro digital, o bom e jovem Google. Coloque lá "o que é controle social" e verá várias definições. A mais comum é a seguinte:
O Controle Social é a participação da sociedade civil nos processos de planejamento, acompanhamento, monitoramento e avaliação das ações da gestão pública e na execução das políticas e programas públicos. Trata-se de uma ação conjunta entre Estado e sociedade em que o eixo central é o compartilhamento de responsabilidades com vistas a aumentar o nível da eficácia e efetividade das políticas e programas públicos.
Veja lá, caro leitor, o que REALMENTE significa controle social. Trata-se de um controle POR PARTE DA SOCIEDADE e não de governos. Trata-se da SOCIEDADE CONTROLANDO GOVERNOS, GESTÕES PÚBLICAS e não de governos controlando gestões privadas.
Assim, meu caro leitor, sempre que você ler que Dilma e o PT desejam o tal "controle social da mídia", entendam que desejam, na verdade, amordaçar, calar, ameaçar, subjugar, cabrestar, intimidar e fazer com que se divulguem apenas notícias de interesse "da sociedade". Que sociedade é esta? A deles! A sociedade deles já produziu mensalão, dólares em cueca, aloprados e outros tantos "descontroles".
Na verdade, precisamos controlar socialmente este governo Lula e o PT. O TSE não tem pulso firme para isto e só o que fazem é soltar multinhas por propaganda eleitoral antecipada. O STF está loteado por petistas e o judiciário, como sempre, aderna e faz parecer que não é com ele. O poder legislativo é um fiasco, um balcão de negócios tão limpo quanto um aterro sanitário dos grandes. O que fazer, então?
Votar em qualquer um, menos em alguém que propõe controlar os outros sem controlar a si próprio. Mas vote em alguém de quem se poderá cobrar as promessas depois. A turma do PT já provou que para pagar é ruim. Mas pra receber...

Médio, mediano, medíocre




Ainda bem que não tivemos de engoli-lo. Já pensou ter de engolir Dunga, depois de tanto futebol médio, jogadores medianos e final medíocre? O que poderia ter ocorrido de pior, por mais que paradoxal, seria a seleção brasileira ter vencido a Copa do Mundo. Não venceu. É claro que todos queríamos que ela vencesse, mas não se pode confundir as coisas. O que resulta desta aventura anã, protagonizada pelo rabugento técnico da seleção, é um conjunto de lições e de aprendizados que não devem se aplicar somente ao futebol e sim a todo um contexto nacional.

Primeiro aprendizado: Tudo em excesso é ruim. Disciplina em excesso, poder em excesso, mau humor e falta de educação em excesso. Alegria demais também é prejudicial, assim como a falta total de organização. O que fica para aprender é, portanto, que o equilíbrio nem sempre é resultado de "gestão" e sim de bom senso, de prudência, de aceitação da imperfeição e da melhoria do que favorece a busca pelo que há de melhor. Dunga foi um disciplinador excessivo, um turrão briguento e mal-criado e, diante deste perfil autoritário e desaforado, ainda bem que perdeu (já pensou se este comportamento vira modelo perto de eleição?).

Segundo aprendizado: Não se deve abrir mão de talentos verdadeiros, mesmo que sejam "menos obedientes". O "processo de gestão" de Dunga foi o de nivelar pelo médio (autoavaliação?) e não pelo topo. Jogadores obedientes que erraram passes, gols, cavaram cartões amarelos e expulsões deram a tônica de uma maneira de gerenciar que tinha mais a ver com uma fábrica de segunda categoria e menos com um time de futebol em Copa do Mundo. Talento é talento, senhor Dunga. Se o senhor não gosta muito de trabalhar com gente muuuito melhor do que o senhor, então saia de lado porque NADA segura o talento. Ditadores, egocêntricos e obnubilados, a estes sim lhes prejudica o talento alheio.

Terceiro aprendizado: Verdade não é uma só e jamais possuirá dono. E a verdade é que o time do Brasil na Copa era mediano. Melhorá-lo seria uma função direta e simples do entendimento de que poderia ter sido melhorado mais a singela constatação de que – sim – isto seria perfeitamente possível. Havia alternativas clamadas pela população curtidora de futebol e também apontadas por cronistas esportivos de todo o país. Os autocratas, no entanto, colocam-se acima da verdade, condenando opiniões contrárias, principalmente da tal "mídia", esta instituição nefasta que sempre acaba assombrando os néscios e obtusos.

Não ganhamos a Copa. Que pena.

Não tivemos de engolir Dunga. Ainda bem!

Eu realmente acho que o Brasil, afinal de contas, acabou ganhando esta partida.